Poema da Espera



A esfera nos meus dedos
É a brasa da partida.
Algo arremessou-se
Em vertiginosa saída.
Só me resta esperar:
O desgastar insólito
Desse desejo informe.
Um bólido natural
Em vôo embebecido.
Nos olhos admiro,
Meu peito não vencido
Meu peito não cansado.
A espera faz-me imóvel
Esfera.

Julio Urrutiaga Almada
Enviado por Julio Urrutiaga Almada em 09/02/2007
Reeditado em 09/02/2007
Código do texto: T374988
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