2:35 AM
Nada há de poético na madrugada...
nem magia,
nem mistérios,
ou arrepios em sua obscuridade.
Nada há de desespero no calar das madrugadas
...friamente silenciosas...
As árvores serenamente se entregam aos encantos da noite,
dançando em amor com a brisa fria.
E o vai-sem-volta desses ventos
afastam delírios meus, desejos, inquietudes.
A magia da noite faz crescer dois egos
o de ontem,
o de hoje (ou de agora, talvez).
Os mesmos sopros febris que levam o passado
trazem o presente.
Entendo, então, o encanto das madrugadas.
Noite
após
noite
renasço.