Esmeraldas entre os Livros

Sempre gostei de bibliotecas

Sempre amei os livros e

Sempre ansiei por conhecimento.

Mas hoje a biblioteca ofertou-me

Algo mais, além da sapiência livresca

Algo mais fascinante que qualquer quimera dantesca

Algo mais sublime que qualquer descrição bucólica

De um idílio perfeito, poético e suave.

Ofertou-me ela (a biblioteca)

Uma visão desconcertante

- embora singela -

Um vislumbre sereno

Do que há de mais belo

Não só na biblioteca, mas também fora dela

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Vi um par de esmeraldas, brilhantes, esféricas

Divinas, augustas, decerto feéricas

Que olhei deslumbrado, quedando absorto

Para então dar-me conta (não sem muito esforço)

Que não eram pedras, nem joias nem nada:

Eram os olhos verdes da moça faceira

Que na biblioteca trabalha a semana inteira

Enfeitiçando marmanjos com sua mirada.

Glauco Paludo Gazoni
Enviado por Glauco Paludo Gazoni em 02/07/2012
Código do texto: T3755717
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