No Abismo do Teu Olhar

Musa lasciva,

Cuja capitosa lubricidade

Inebria-me até a alma!

Ostentas uma soberba inata:

Misteriosa e hermética,

És altiva, introspecta,

E me fascinas com tua mirada.

Teu olhar negro

- luzidio e pecaminoso -

É um báratro sumptuoso

Onde deixo-me cair...

E não querendo dali sair,

Ali eu fico:

Fugir, não ouso!