Encontro Marcado
Se purissidade,
Na cor da cidade.
Encontrar você,
Não é amor...
É profanidade.
Sob os olhos tímidos,
Não há maldade,
Mas a necessidade do prazer.
É você...
Me assanha,
Me come,
Me engana.
Na fúria louca,
Rasga a roupa,
Inebriado, me morde,
Me chama...
Na cama me cala,
Me fala,
Me arranha.
Não é cigana,
Mas sozinha me consome,
Me envolve em sua solidão humana,
Que não tem preço e nem cura.
É uma savana,
Costume, que invade as veias,
Do sangue, da boca,
Da fome,
Que no meio do quarto,
Entre o espelho e o meio da hora;
Sossega o corpo,
Quando não há mais forças para se movimentar.