Um Bilac meio torto

Eu me escrevo nas páginas vazias:

Consoantes e vogais do meu viver...

Converso com as estrelas, sei entender

O que elas dizem lá nas brumas frias.

Não quero mestres nem filosofias,

Apenas ser comum e reverdecer,

Estender minhas raízes e crescer

Além dos anos, dos meses, dos dias.

Compomos dia a dia o soneto

Feito das nossas humanas costelas

Num indizível e surrealista dialeto.

E, como quem conversa com as estrelas,

Vou terminando este último terceto

A ouvi-las, a amá-las e a entendê-las.

Vagner Rossi
Enviado por Vagner Rossi em 10/07/2012
Código do texto: T3770988
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