Sei lá o que é isto...

Na mira do poema

noturno,

com seus milhões de olhos

e bocas chapados,

milhões de corpos

dados, colados,

suados, selados

no pacto além da alma,

um pasmo de delírio

intersubjetivo,

lira de poeta caboclo

fugido de um livro

extinto,

ainda não lido,

assombração, macumba,

milagre, o poema

perdura, perfura,

atura, foge de dura

de viatura, o poema

assina um cheque

pra Deus cantar bonito...

Vagner Rossi
Enviado por Vagner Rossi em 12/07/2012
Código do texto: T3773775
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