Segunda-Feira
Acordei e estava chovendo,
Não queria me molhar,
Deitei novamente em minha cama
E comecei a pensar.
O mundo inteiro em minha frente,
E eu ali deitado...
Tantos objetivos pra buscar e eu ali parado.
Não sou o que eu queria,
Ninguém é o que quer...
Mas devemos estar preparados para o que der e vier.
Mas eu me sinto tão vazio
Nessa manhã de segunda,
Onde o céu cheio de nuvens
Manda a água mais fecunda.
O jardim de cactos que plantei,
É o mesmo que agora me faz sangrar,
Mas a esperança que guardei,
Ainda me faz continuar.
Indagações vêm me assombrar;
Será que devo continuar?
E deitado em minha cama,
Vou ouvindo a chuva no telhado
Incertezas me assombram
Vou ficando apavorado.
Covardia? Fraqueza?
Não tenho ainda a certeza.
Manhã de segunda, imensa chuva,
O céu parece de algodão.
Fantasmas vão me cercando
E eu deitado em meu colchão.
Fantasmas da minha mente.
Que eu mesmo criei.
Depois de tanto tempo,
Percebi o quanto errei.
Eles vêm me assombrar,
E fico a me perguntar:
Será que devo resistir?
- Eu não sei.