Parar ou Parir??
Quem se importa
se escrevo e faço o parto
das minhas letras
que cada dia mais
tenta se superar
e cortar o cordão umbilical
Eu. Quem sou?
Escrevo pra todo mundo
olho meu rebento
Calo-me
Filhos do vento
Não oco.
Criado de meus sentimentos
O coração derrama água
os olhos desfazem-se em chuva
Leva água
essa tua filha do vento
do tempo
Mulher do útero seco
mulher da vida
que pare e vende os filhos
Por outro lado,
a felicidade sentida
de ver minha pesquisas e textos se indo
Caminhando ao longe. Ciganos errantes
Sem medo, sem parada
Na bagagem das letras
Viro imensa - Sou Rainha
Para encontrar outros caminhos
Saciar minha sede
beijar a emoção
Viver de paixão
Morrer nesta paixão
.
Rose de Castro
A 'POETA'