Parar ou Parir??

Quem se importa

se escrevo e faço o parto

das minhas letras

que cada dia mais

tenta se superar

e cortar o cordão umbilical

Eu. Quem sou?

Escrevo pra todo mundo

olho meu rebento

Calo-me

Filhos do vento

Não oco.

Criado de meus sentimentos

O coração derrama água

os olhos desfazem-se em chuva

Leva água

essa tua filha do vento

do tempo

Mulher do útero seco

mulher da vida

que pare e vende os filhos

Por outro lado,

a felicidade sentida

de ver minha pesquisas e textos se indo

Caminhando ao longe. Ciganos errantes

Sem medo, sem parada

Na bagagem das letras

Viro imensa - Sou Rainha

Para encontrar outros caminhos

Saciar minha sede

beijar a emoção

Viver de paixão

Morrer nesta paixão

.

Rose de Castro

A 'POETA'

Rose de Castro
Enviado por Rose de Castro em 11/02/2007
Código do texto: T377823