Amizade
sempre, navegando pelos mares!
mares de gentes!
contemplam-se as ilhas,
que nas marés,
vão e voltam
nas gentes!
pelos rios da vida,
nas cheias e baixas,
curvas e retas,
passam as gentes!
pelos rios da vida,
peixes surgem,
pescados se tornam!
em dias de abismo digo,
os dias têm sido divertidos,
as noites animadas!
não tenho memória de poesias,
para isso existe o papel,
tenho memória de amigos,
carrego a todos, aqui,
no meu peito, comigo!
sempre tenho sorte,
de em lugares e horas certas,
apaixonar-me e bendigo,
somar-me a mais amigos,
é a história que escrevo,
nos meus anais de poesia.
é comum, no entanto,
ao passar de cada dia,
olhar triste para trás,
sentir falta da companhia,
da paixão amiga,
do mate quente,
bah, que nostalgia!