Amor e poesia

Amor e poesia

Em um lugar humidamente triste,

quando areias nasciam em ampulhetas,

quando o tempo ainda não existia,

uma decisão fora tomada:

duas metades separadas,

em terras distantes e,

ao existir o tempo,

em tempos distantes,

agrilhoar-se-iam!

Assim, ao secar e cair o primeiro grão,

as areias do tempo bramariam,

em voz ecoada aos Cárpatos:

Cumpra-se a maldita decisão!

Assim nasceu o amor,

assim viverão amantes,

assim existirá saudade,

assim serão os humanos!

Malgrado fado costurado,

não contava o destino,

com uma língua atemporal,

a desenhar-se no dia a dia,

nos dedos a fantasia,

de todos os que amam,

e se tocam por poesia.

Heródoto Poeta
Enviado por Heródoto Poeta em 20/07/2012
Código do texto: T3788623
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