O sal me escorreu pelas mãos
E hoje o sal me escorreu pelas mãos,
Uma onda de mar sobre meu jantar,
Como bom cozinheiro não sei,
Erros consecutivos pelo sal,
Jamais me ocorreram!
Parece sintoma de ditado popular,
O sal entrega minha tristeza,
O mar levemente me representa,
No ir e vir de melancolia,
Defino-me em nostalgia,
Melancolia e tristeza profunda,
Pois não sei o que de fato ocorre.
Sinto tudo isso ou algo disso,
Com maior intensidade.
Deparei-me com o espelho,
Minha imagem era uma incógnita,
Um momento sem saber o que,
A perguntar-me pra onde e, eu,
Incapaz de enganar-me,
Nenhuma história me convence.
E tudo isso por que nesta noite,
Somados outros dias,
Pela segunda vez,
O sal me escorreu pelas mãos.