ENIGMAS DO SER

Eu mesmo,

Nesse estado de leveza,

Já não tenho certeza

Se cruzei a linha

De corpo e alma

E rio de mim no ar...

Rio de ti

Que tentas me tocar,

O que há pouco ainda era corpo, e,

Então, gritas comigo

Como se eu fosse um estranho...

Vem ficar sobre a linha!

É a que passas

E te perdes de mim,

Não eu de ti,

Que rio do equívoco:

Sou eu quem não sei

O que sou

Sobre a linha:

Toca-se a carne e o espírito,

Tocas-me, mas, perpassas-me.

Na volta eu a encontro

Com um sorriso maroto,

Com todos os teus segredos,

Brincando de amarelinha

Nas linhas do meu coração...

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 12/02/2007
Código do texto: T379167
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