ENIGMAS DO SER
Eu mesmo,
Nesse estado de leveza,
Já não tenho certeza
Se cruzei a linha
De corpo e alma
E rio de mim no ar...
Rio de ti
Que tentas me tocar,
O que há pouco ainda era corpo, e,
Então, gritas comigo
Como se eu fosse um estranho...
Vem ficar sobre a linha!
É a que passas
E te perdes de mim,
Não eu de ti,
Que rio do equívoco:
Sou eu quem não sei
O que sou
Sobre a linha:
Toca-se a carne e o espírito,
Tocas-me, mas, perpassas-me.
Na volta eu a encontro
Com um sorriso maroto,
Com todos os teus segredos,
Brincando de amarelinha
Nas linhas do meu coração...