Garganta
Poesia do meu filho (Bruno Saraiva)
Vala, maldita vala
Fossa
Garganta entala
Trava
O disfarce se quebrou
A máscara despedaçou
Se fingir de forte, não dá
Contando com a sorte, não há
Em busca de um norte, onde está?
Lágrimas e mais e mais
Paz? O que é a paz?
O que ficou pra trás
Insisto em nada
E o ciclo não acaba
Girando e girando
Em torno do vazio
Sem fogo e nem pavio
Falta de combustão
Excesso de emoção
Solidão com muita gente envolta
E então batem na porta
Não é ninguém que você espera
Com certeza
E daí? Certeza não é suficiente
É preciso mais sofrimento
Essa é a vala
Que a garganta entala
Trava...