Garganta

Poesia do meu filho (Bruno Saraiva)

Vala, maldita vala

Fossa

Garganta entala

Trava

O disfarce se quebrou

A máscara despedaçou

Se fingir de forte, não dá

Contando com a sorte, não há

Em busca de um norte, onde está?

Lágrimas e mais e mais

Paz? O que é a paz?

O que ficou pra trás

Insisto em nada

E o ciclo não acaba

Girando e girando

Em torno do vazio

Sem fogo e nem pavio

Falta de combustão

Excesso de emoção

Solidão com muita gente envolta

E então batem na porta

Não é ninguém que você espera

Com certeza

E daí? Certeza não é suficiente

É preciso mais sofrimento

Essa é a vala

Que a garganta entala

Trava...

Bruno Saraiva
Enviado por Tekinha em 24/07/2012
Código do texto: T3794675
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