Em Luto
Já posso ouvir as sirenes...
Já consigo ver as lágrimas dos irmãos...
Filhos,Esposa e Amigos debruçando pensativas
Em meio a multidão.
Não o conheci muito,
Mas o pouco que o vi...
Pela sua simplicidade,
Pela sua alegria de morador de muitos anos daqui,
Logo sentir, que era alguém decente.
Um homem do povo,
Um senhor honesto
De um nobreza... Sempre anfitrião
Na verdade um cidadão
Formador da raiz dessa santa terra.
Nas poucas vezes que o vi
Estava ele a sorrir,
Como a escrever com a alma
A quem fica por aqui
Como é amar e viver sem desistir.
Na verdade seu Osmar,
Não o conheci,
Mas tenho comigo a sua eternidade
Pois com toda a sua história, não há duvida.Você foi um guerreiro de luta nessa selva humana.
A cidade está de luto.
No alto das mangueiras do laguinho os pássaros,
Na pessoa, do sabiá, em soberbo tom afina a última homenagem.
Os tambores da Una silenciam...
É o Boêmio sangrando na avenida.
Enquanto na rádio
As manhãs vão ficando vazias.
Hoje é um dia triste para os filhos dessa querida Macapá
Morreu o senhor Osmar,
Morreu uma história... Nasceu uma lenda.
Terra mãe recebe com orgulho esse humilde filho,
Cujo legado, a quem melhor o conhecia, insurge como um exemplo de vida a essa nova juventude.