Em Luto

Já posso ouvir as sirenes...

Já consigo ver as lágrimas dos irmãos...

Filhos,Esposa e Amigos debruçando pensativas

Em meio a multidão.

Não o conheci muito,

Mas o pouco que o vi...

Pela sua simplicidade,

Pela sua alegria de morador de muitos anos daqui,

Logo sentir, que era alguém decente.

Um homem do povo,

Um senhor honesto

De um nobreza... Sempre anfitrião

Na verdade um cidadão

Formador da raiz dessa santa terra.

Nas poucas vezes que o vi

Estava ele a sorrir,

Como a escrever com a alma

A quem fica por aqui

Como é amar e viver sem desistir.

Na verdade seu Osmar,

Não o conheci,

Mas tenho comigo a sua eternidade

Pois com toda a sua história, não há duvida.Você foi um guerreiro de luta nessa selva humana.

A cidade está de luto.

No alto das mangueiras do laguinho os pássaros,

Na pessoa, do sabiá, em soberbo tom afina a última homenagem.

Os tambores da Una silenciam...

É o Boêmio sangrando na avenida.

Enquanto na rádio

As manhãs vão ficando vazias.

Hoje é um dia triste para os filhos dessa querida Macapá

Morreu o senhor Osmar,

Morreu uma história... Nasceu uma lenda.

Terra mãe recebe com orgulho esse humilde filho,

Cujo legado, a quem melhor o conhecia, insurge como um exemplo de vida a essa nova juventude.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 13/02/2007
Reeditado em 12/04/2007
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