Sequidão.

Sequidão, não entendo meu coração.

Esta é a questão

a desfalecente verdade,

sequidão.

Ela me agarra com força

com muitos tentáculos decretados.

Ela me acorda em meio ao quebrantamento,

e tenta criar raízes.

Ah, por que tão seco?

Onde está a água?

Dá-me água, por favor

e não vinagre!

Peço águas transbordantes

para tirar esta terrível sequidão;

até quando será,

será esta sequidão?

Não quero vinho seco,

muito menos terra seca!

Dá-me água

da mais pura fonte!

Seco, seco, tudo tão seco!

Meu coração está seco!

Ele seca-se conforme o plano,

ela ri-se de mim (isto a dizer, a sequidão).

Onde está a água?

Pois tudo está tão seco.

Deixe-me em paz, sequidão!

Deixa-me molhar-me.

Manancial de águas,

águas vivas, molhe-me!

Cesare Turazzi
Enviado por Cesare Turazzi em 30/07/2012
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T3804412
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