Não faz sentido
As luzes que cegavam seus olhos,
naquela noite de poucas estrelas,
diziam do perigo que ronda os becos,
e da miséria a que a alma se presta.
No fundo da boca um gosto amargo,
como tudo aquilo que já foi digerido,
e nos braços a saudade do abraço,
de todo aquele tempo agora perdido.
Nem um instante para aliviar as penas,
só a fuga para entender a estrada,
só a noite para ocultar o veneno...
Só um beijo para aliviar o estrago.
E no meio do sono, o despertar, o grito...
"Coooooorrrrre piranha"...