I-DRAMA




O céu assiste a tudo isso,
e despeja na terra seus anjos.
O que podem aqueles que não me entendem,
ou que não têm a dimensão do que é feio?
E o entardecer torna-se uma coleção de temores,
misturados a orações e juramentos.

Ao colecionador, a eterna frustração.
Não dorme...espera.
Éssa é minha sorte incompleta,
o horizonte está velho demais,
não cabe no pensamento.
E o sol, por ele abandonado,
despenca no abismo que é a noite.
Quando foi que senti a preguiça,
e apenas recriei a mesma tragédia?


Deste lado do exílio, não é necessária a morte,
porque não há o que se deixar, nem o que se lamentar.
Guarde apenas o espectro de uma rosa,
para se lembrar do que ainda é belo...
O belo é o fantasma da decadência,
uma música que se enferrujou nas cordas do violoncelo....


Anjo, homem, fantasma......
pouco importa o nome da culpa por uma escolha.
Sempre será matar ou morrer,
aceitar, ou viver.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 31/07/2012
Código do texto: T3806377
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