Mazelas da Civilidade

Decerto aquelas ruas escuras

Encobriam mistérios, segredos,

Confessados ou não, obscuros,

Mentiras e verdades, simulacros.

Mas, também, expunham elas

As mazelas de nossa civilidade.

E como galho retorcido, espúrio,

Emaranhado no viés dos olhares,

Apresentava-nos os bastardos,

Adulterinos, incestuosos e falsos.

Todos, enfim, nelas se retratavam,

Nas mal iluminadas e obtusas ruas

Que instavam habitar nossa cidade.