Mandamento.

Tropeça na vertigem da cobiça

O veneno sufoca docemente,

A culpa te destrói incontinente

E faz valer o arauto da justiça.

Se plena no revés e na premissa,

A carícia conforma que nem sente

O vazio se mostra simplesmente

A fibra lacerada da sevícia.

Tudo posto de modo tão preciso

Liberado no vácuo d’algum sismo

Furtando da razão qualquer juízo

Amando em tal visão o cataclismo

Um corpo cai buscando o Paraíso

Perdido que abrigava em teus abismos.