Livramento
Minha liberdade não é uma ave que voa baixo.
Meu livramento tem as asas do dragão:
horizonte aberto sem fronteiras,
sem barreiras de alvenaria.
Minha juventude tardia e rebelde
corre veloz num Maverick vermelho
pelas estradas dos anos setenta.
Muitos olhos sobre mim...
Os cães quebraram todas as correntes;
os cães saíram de todas as casas;
os cães ganharam as ruas da vizinhança
latindo para o azul da bandeira da França.
Quinhentas gargantas sustentam um grito,
e erguem na praça um ícone acéfalo.
Prometeu prometeu ajudar.
Os acossados estão cansados de serem os mesmos.