SILÊNCIO

Necessário, às vezes

Calar, amigo

Palavras

Teimam em sair

Podem magoar

Ferir

Dilacerar

Um coração

Necessário, no hospital

Doentes nao falam

Para nao perturbar

Necessário, nos lares

Palavra falada

Como flecha

Como pedra

Uma vez lançada

Nao tem retirada

Fica encrustrada

Na alma, maltratada

Como cristal

Quebra

Nao dá para ser colada

Voce falou

Doeu, machucou

Ferida aberta

O tempo não cura

Luto

Voce morreu

Fico calada

Procurando

Pedaços meus!

Peruibe, 11/08/2012 - 16:45 hs

Magda Celeste
Enviado por Magda Celeste em 11/08/2012
Reeditado em 11/08/2012
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