Sinhazinha
Sinhazinha
A menina foi leiloada
Numa bandeja dourada
Os coronéis davam os lances
Que estavam ao seus alcance
O coronel mais rico comprou
Desistiu em respeito a um antigo amor
E para outro coronel ele deixou
O coronel deu ordem à menina
Que subisse para o quarto
Sem contestar obedeceu
E no quarto aconteceu
Foi a primeira vez da menina
Que não tinha nenhuma experiência
Sendo orientada, ela obedecia
E como uma quenga ela agia
Aliviado o coronel ficou
Para casa ele retornou
Sua esposa o observou
E sua atenção, mendigou
Com austeridade, a maltratou
Com o ego ferido
Sinhazinha buscou um ombro amigo
Lamentou sua vida com o doutor
Que logo tornou-se seu grande amor
A menina se tornara uma quenga
Já não era mais uma simples “pequena”
Os coronéis ela satisfazia
E a boate todas as noites enchia
A esposa traída – traiu
O coronel, seu marido – descobriu
O amante apaixonado – reagiu
O triângulo amoroso – ruiu
Maria Eternamente Maria. 02.08.12