INSTATÂNEO DE UMA NOITE

O frio da noite

comprime o impulso

congela a esperança

num gélido beijo

indiferente a tudo.

Inóspita,

a noite irrompe um grito

assombra o sonho

envolvendo o instante

no véu cruel

de uma solidão

amarga e seca

que marca o sabor

na boca da inquietude

Na face ingênua,

o frio petrifica

o hálito fugaz

que sopra Vida

num átimo

Olhos navegam

fora da órbita

soltos, silvam

luz e cor

O vento

sopra um frio

que agora morna

Refloresce a vida

num canto

da história

História secreta

bendita

seleta

e dileta...

MARCO ANTONIO BREGONCI
Enviado por MARCO ANTONIO BREGONCI em 15/08/2012
Reeditado em 18/11/2012
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