Sem querer querendo!

Calam-se ao meu olhar fixo

E se dispõem

Ineptos, prostados ante meus pés

Metaforizando seus desejos

Indigitando seus anseios por mim

Eu o que faço deles?

A lástima das minhas vontades

A liberdade implume

Os meus gélidos gestos

Deles faço meu ser trépido ao intrépido.

E de mim se cansam

De mim se ocultam

E depois voltam derrotados

Tornam-se meus, mesmo que eu não os tenha

Reedificam sua utopia

Modificam a metodologia

Sempre acaba por não dar certo

Por fim,

Sabem que não devem almejar

Mas, continuam esperançando

Um porvir inapto, inconcepto

Revirando meus versos e inversos

E agora, o que deles faço?

Pedintes do meu sim...taciturno...secreto

Liscy Provencio
Enviado por Liscy Provencio em 17/08/2012
Reeditado em 21/08/2012
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