Morte
Morte, traiçoeira.
Pra muitos, companheira
As vezes chega ligeira
Outras vezes demora a chegar
Não tens onde parar
e nem portos para atracar
Traz em sua bagagem
A tristeza para nos vestir
e a dor para nos bailar
Oh, morte, sua traiçoeira!
Porque tu queres me atacar?
Não quero guerra, sou de paz
Não quero briga, não sei brigar.
Uns - oh, morte!
de ti precisa
Estes são os portos onde deves parar
Outros - morte companheira -
Precisam ficar, pois têm com a vida
A sua rival, uma dívida
E essa, eles têm que pagar...
Morte, sua traiçoeira!
Será que não existe uma outra morte,
Sua companheira,
Que um dia,
Também venha te buscar?
Já que morte é traiçoeira,
Esta, também te trairá.
Quem sabe assim -morte companheira -
Tu verias como é triste embarcar...