Envelopes

Cartas.

Óh! Tristes muralhas

que teimam em acusar-me o dolo

Contra ti imposto

Por mero e vil prazer

Quisera eu diminuir minha pena

Ao oferecer-te versos num poema

Poupar-te do sofrer

Mas minhas mãos sangrentas

Em ti a dor só faz crescer

Por já não creres que haja

Nelas, lealdade ou alma

Minhas cartas já não lês

Seu coração não mais se compadece

O envelope envelhece

E os teus olhos tão sofridos, tão certeiros

Deixam os meu perdão perdido

e os meu sonho fenecer.

Cristhina Rangel.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 20/08/2012
Código do texto: T3839081
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