Vácuo
A passiva contemplação,
da natureza reinventada.
Esculturas endereçadas ao esquecimento,
galhos secos que somem do caminho.
O rudimentar do sentimento,
o desconfortável de se criar.
Nesse deserto de vozes que vão,
por que seria eu quem iria concluir?
Filosofia com fins cosméticos,
sexo com fins motivacionais.
Pode ser qualquer bobagem,
num pequeno cubo engastado.
Uso todas as verdades do mundo,
em meu anel, sem remorso.
Porque sou um monstro.
Porque sou da natureza,
um filho bastardo.