Vácuo





A passiva contemplação,
da natureza reinventada.
Esculturas endereçadas ao esquecimento,
galhos secos que somem do caminho.
O rudimentar do sentimento,
o desconfortável de se criar.
Nesse deserto de vozes que vão,
por que seria eu quem iria concluir?

Filosofia com fins cosméticos,
sexo com fins motivacionais.
Pode ser qualquer bobagem,
num pequeno cubo engastado.
Uso todas as verdades do mundo,
em meu anel, sem remorso.
Porque sou um monstro.
Porque sou da natureza,
um filho bastardo.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 20/08/2012
Código do texto: T3840111
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.