O CAMPEÃO

Um pobre velho na praia sentado

Sustinha com ambas as mãos, o rosto

Olhando para o chão, desconsolado,

Não parecia estar ali a gosto.

O ancião não se mexia, calado

Talvez com a alma cheia de desgosto

Era um volume no areal largado.

Nisso um grito sacudiu toda a praia:

Criança no mar, socorro, socorro.

Em fração de minuto todos viram

Alguém vir nadando com a criança na costa.

Chegaram a salvos na praia... era o ancião:

Herói, Salvador gritaram ao velho...

Não era um borrão, era um Campeão.

Que retornou à mesma posição.

Salé, setembro/12