ALVORECER

ALVORECER

É de manhã

Na minha velha aldeia,

O sol começa a aparecer

Mostrando lindas cores...

O bailado modesto das árvores

O silêncio matinal

O cheiro das flores...

Janelas lentamente se abrindo,

O andar pesado e vagaroso pela praça,

O gorjear dos pássaros

O jornaleiro sorrindo,

Crianças alegres a caminho da escola

Bicicletas cambaleantes,

entre gentes e carros...

O apito do trem, o sinal da cancela;

Os que lêem jornal

Degustando cigarros

Os de colo tentando algo entender.

Alguns acenos, algumas conversas...

Alguns levando leite e pão,

Outros atrasados, nem pensam parar...

Os que aguardam o ônibus

Friccionam as mãos,

Alguns sorridentes e outros não

Assim o mundo se mostra

A cada manhã

Sereno, calmo, belo ou preocupante;

Pessoas nascem,

Crescem... Envelhecem...

Pessoas morrem,

O sol nasce e depois se vai,

Mas a cada manhã renasce

Ainda mais rico e belo,

Um parecer eterno

Que jamais envelhece.

RICIEL.

Gabriel de Oliveira
Enviado por Gabriel de Oliveira em 19/02/2007
Código do texto: T386552