ALVORECER
ALVORECER
É de manhã
Na minha velha aldeia,
O sol começa a aparecer
Mostrando lindas cores...
O bailado modesto das árvores
O silêncio matinal
O cheiro das flores...
Janelas lentamente se abrindo,
O andar pesado e vagaroso pela praça,
O gorjear dos pássaros
O jornaleiro sorrindo,
Crianças alegres a caminho da escola
Bicicletas cambaleantes,
entre gentes e carros...
O apito do trem, o sinal da cancela;
Os que lêem jornal
Degustando cigarros
Os de colo tentando algo entender.
Alguns acenos, algumas conversas...
Alguns levando leite e pão,
Outros atrasados, nem pensam parar...
Os que aguardam o ônibus
Friccionam as mãos,
Alguns sorridentes e outros não
Assim o mundo se mostra
A cada manhã
Sereno, calmo, belo ou preocupante;
Pessoas nascem,
Crescem... Envelhecem...
Pessoas morrem,
O sol nasce e depois se vai,
Mas a cada manhã renasce
Ainda mais rico e belo,
Um parecer eterno
Que jamais envelhece.
RICIEL.