A FUGA

Na amplitude do intervalo

Data a luz entoa o brilho

"Vil Vinil", constroi atalho

Elaborando tal trabalho

Nos meandros do exílio

Posto que a mente concretiza

Faustos planos de evasão

Um sutil ato simboliza

A transposição da divisa

Nos domínios da prisão

Sistemático processo

Vem lograr a rigidez

Arquitetado em recesso

Objetivando o sucesso

No covil da insensatez

Com o passado em devaneio

Conta ponto a agilidade

Subjugando o receio

"Vil Vinil", encontra um meio

De alcançar a liberdade

Calculando o adverso

Toma pronto o imaginado

Sem passar qualquer excesso

Revertendo assim o inverso

Do destino condenado

Assimilando o contato

Grava com esmero o esboço

Indiferente ao fato

De parecer exato

Sucumbir no calabouço

Desafiando o improvável

Segue em frente seu projeto

Na intenção do navegável

Almejando um tempo estável

Para escapar no horário certo

Por sobre ondas protetoras

Vagueia a arca que flutua

Avista terra redentora

Numa odisséia sonhadora

Que a insistência perpetua

Recriando seu futuro

Prima pelo claustro escolhido

Seu passado obscuro

Tornou seu presente inseguro

Obrigando-o a viver escondido

Ciro Bevilacqua
Enviado por Ciro Bevilacqua em 05/09/2012
Código do texto: T3866671
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