A FUGA
Na amplitude do intervalo
Data a luz entoa o brilho
"Vil Vinil", constroi atalho
Elaborando tal trabalho
Nos meandros do exílio
Posto que a mente concretiza
Faustos planos de evasão
Um sutil ato simboliza
A transposição da divisa
Nos domínios da prisão
Sistemático processo
Vem lograr a rigidez
Arquitetado em recesso
Objetivando o sucesso
No covil da insensatez
Com o passado em devaneio
Conta ponto a agilidade
Subjugando o receio
"Vil Vinil", encontra um meio
De alcançar a liberdade
Calculando o adverso
Toma pronto o imaginado
Sem passar qualquer excesso
Revertendo assim o inverso
Do destino condenado
Assimilando o contato
Grava com esmero o esboço
Indiferente ao fato
De parecer exato
Sucumbir no calabouço
Desafiando o improvável
Segue em frente seu projeto
Na intenção do navegável
Almejando um tempo estável
Para escapar no horário certo
Por sobre ondas protetoras
Vagueia a arca que flutua
Avista terra redentora
Numa odisséia sonhadora
Que a insistência perpetua
Recriando seu futuro
Prima pelo claustro escolhido
Seu passado obscuro
Tornou seu presente inseguro
Obrigando-o a viver escondido