A REVOLTA

A revolta guarda o medo quando choras

Espelho da magoa, mãe da tua indignação.

Nos olhos o silêncio estampado no coração

Como se a juventude fosse um ancião que te implora.

A insensatez grita e a melancolia te consola

Sob a luz da covardia, escondida na solidão.

Saciado ainda guarda insatisfação,

Ignorado ainda ignora.

Blasfema tudo que o abençoa,

Resignado ama e amaldiçoa

No rio por onde navega a irresponsabilidade.

E sem alma aconselha cada pessoa

Vivendo pouco a pouco do grito que ecoa

Preso na garganta da tua própria mediocridade.

BOSCO
Enviado por BOSCO em 10/02/2005
Código do texto: T3872