velo o teu dormir
de olhos a copiar
de lábios sem dizer
de mãos sem tocar
de alma a trespassar
(são cânticos e memórias d'águas os teus sonhos,
sei-os no dormir do teu olhar)
vulnerável, visto-me de crepúsculos e avanço
para, em ti, no entremeio asilar
(deslizam pensamentos inconsequentes
de sonhos coloridos sem interrupções)
adejam asas dentro do poema
não quero mais acordar