velei teu dormir
no interior do teu ser
as mãos avançaram a sede
em tantos tatos para além
dos tecidos e ossos: entrelaçaram
fluiram líquidos moveres e jorram golfadas
de suspirosas palavras, à boca: travessias d'águas
(não te prendias, anelava com a alma)
corpos desarmaram o que antes resistiram
sanguíneos pulsaram em alegóricos traçados
pupilas se encontraram e mãos encadeadas se repetiam entre tatos
adoráveis sonhos que teu sono emana
no teu interior o meu acorda,todas as noites
amanheço meus olhos nos teus.