Alquimista.

A mulher tem nas mãos

a chave do mundo

nem todas sabem

poucas descobrem

mas mandam e desmandam

bastam só engenho,e arte

por elas,dobram-se os sinos

cantam-se hinos

faz-se a poesia

porque a mulher

é liturgia,é fantasia

é todo dia

por elas enforcam-se os Judas

faz-se loucuras

sem cautela as diferenças

há dias em que estão de lua

e há noites em que estão de sol

e é graças a elas

com toda supremacia

que há matizes no horizonte

das palavras dos poetas

e é exatamente essa mistura

louca quente e colorida

que vai inventando

variações de vida

que vai tecendo emoções

que inventa coisas que ama

e ama as coisas que inventa

e assim...nessa alquimia

depois de um dia tão rude

consegue ao chegar a noite

despir-se em atrevimentos

e ficar ainda mais bela

e fazer por um breve momento

com que até Deus

acredite nelas.

Anneth Santos.

Do livro Real(idade)Nua e crua.

Anneth Santos
Enviado por Anneth Santos em 20/02/2007
Reeditado em 20/02/2007
Código do texto: T387402