Descida
Desce ao teu inferno,
e encara-te !
Por mais que tenhas,
nunca cessará teu querer.
Encare a sério
o que somos,
receptáculo de excrementos,
futura festa dos vermes.
Comapartilha teu pão,
teu veneno
com esses homens feios,
e vis, amantes da baixeza
e devassidão.
Tens sonhos ?
Foda-se !
Teu castelo policromo
de sutilezas,
só importa a ti.
Não és melhor
que o mais estúpido
dos seres,
não és melhor
que ninguém,
seu saco de bosta.
Encara-te !
Só os idiotas foram
convidados para a festa,
sê um deles então.
Desça ao teu inferno,
fétido porão interior.
Thiago Cardoso Sepriano