CELULAR

Mire!

Se mire e revire.

Se revolva e resolva a ebulição.

Lembre!

Se lembre e nos relembre.

Serene a saudade e o tesão.

O perfume existe e se espalha

no vento, visão, pensamento...

Nada cala a boca da memória

quando as digitais escritas na pele

não se desmancham no tempo.

E a nossa história

permanece sendo contada por dentro

frase a frase

nota a nota

célula a célula

em uma hereditária progressão aritmética.

D.V.

07/07/12

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