Gélido
A voz rouca de um personagem
Aguça os meus ouvidos,
Resquícios.
Seu olhar encanta a mente
Afia minhas retinas
Despidas
Seu sopro, tão suave e mal
Inflama minhas narinas
Vagas, Finas.
A mentira mais bem contada
Pelos seus olhos negros
E gélidos,
Anto do sossego.
Sopros frios da alvorada
Meia noite, um Morcego
Tão Gélido,
Sem medo.
É como um titã Frio
Que não existe,
Ele traz paz aos motivos.
É como um vento esguio
Que não desiste.
Ele traz paz aos motivos.
Na verdade, se notar, é um espelho
É um personagem, Heterônimo,
Ele é apenas um Eu anônimo.
Realismo de um desejo.
Na verdade, se notar, ele é frio
Por que há bondade na solidão
Voz rouca, Olhos negros, sopro suave...
Meu coração.