DÚVIDAS VELADAS

Fito

o pavio

recostado na parede

da chama bêbada

da vela que oscila

na brisa da noite

com cheiro de terra úmida

Flecha incandescente

- escrava de um filamento -

é clarão que chora a brotar

da cera transparente

purgando lágrimas de mágoa silente

Num quarto vazio

paredes brancas mudas

revestidas de sombras bambas

não respondem às questões

que ardem em minha mente

Meus olhos são

testemunhas impotentes

a seguir a luz

da vela trêmula

que vacila

e morre

quando

roubo

o ar

que lhe aviva

e fico no escuro

à procura

de respostas

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

sssssssssssssssss

Maria Angela Alvares Cacioli
Enviado por Maria Angela Alvares Cacioli em 12/09/2012
Código do texto: T3878189
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