JEITOS DE AMAR

De que adianta fazer-me mil juras e planos de amor,

Se quando contigo as palavras se esvaem,

E só me restam os olhos que em ti fixos umedecem a dor,

Da mudez inconstante, por palavras que de minha boca não saem.

Ah! Recostar meus olhos cálidos ante teu corpo,

Delirando aos poucos com os desejos meus,

E aproximar-me ávido, mas também pouco a pouco,

Beijando-te e antepondo meus lábios ante os teus.

Depois, num gesto doce tocar-te a face,

E lentamente descobrir cada curva de teu corpo,

E deixar brotar um sorriso, como mágica, num único passe,

Para desculpar-me por mais uma vez parecer-me louco.

Agora novamente distante e bastante sagaz refazendo as juras

E delirando ao relembrar-te falar de amor.

Para encarando a mudez inconstante que não procuras,

Da mesma forma, demonstrar-te do amor, todo ardor.

Edson Wander
Enviado por Edson Wander em 21/02/2007
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