Tempos difíceis buscando uma identidade
sem diálogos, sem carinhos, o amar ficava
camuflado no olhar rígido na face inalterada
de emoções e sigilos.
Uma adolescência frágil de informações
de buscas, apenas a opção de casar
procriar os medos, o receio se será feliz
Quão foi difícil mostrar-se mulher
externar o desejo era vulgar
mas dentro do peito o amor verdadeiro
o companheiro de caminhada.
De sorriso fácil e pilhérias ele a conduziu
enfrentando os obstáculos cotidianos
numa união de bênçãos
louvando cada minuto de viver.
Hoje a vejo saudosista de seu grande amor
dando-me o orgulho de ser sua piorra
querida tia Cleusa quanta garra
quanto carinho lhe proveu o Senhor.