Um final de tarde sem fim

Outro dia, fui a um final

de tarde sem fim...

tarde finada.

observei-me em um galho

de um pobre árvore.

“Ah, árvore densa de

de minha solidão:

devias só tu mesma

existir e nada mais.

Se fosses só nessa terra?

quem contigo falaria?

quem te compreenderia?”

Nasci em uma época em

que não existiam as estações

de invernos...

em que não se plantavam uvas...

em que não se colhia quase o nada.

Cresci em um mundo que não mais

Se chora...

Sou um pobre turbilhão

de estrelas nulas.

Eduardo dos Anjos
Enviado por Eduardo dos Anjos em 22/02/2007
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