TRANSCENDER

TRANSCENDER

Sobre o pó, marcas de passos

(estradas longas lá atrás...)

Folguedos da meninice na lembrança,

nos brinquedos vazios na pracinha.

Solitária, a amoreira empalideceu

nos restos das folhas mortas.

E a velhice, cansada, sentou-se pelos

jardins entristecidos da aldeia.

Não se ouviram mais as orações

...e na alma? - apenas sonhos entrecortados.

E os versos do poeta não encontraram um fim

(o corpo doído já não tem como erguer novos castelos...)

Foi-se o viço da vida na pele,

foram-se os beijos, os abraços...

Os jeitos gentis também se foram.

Foi-se o fulgor do amor no olhar.

Mas o tempo... Ele é sábio!

Amarelas, brotam rosas belas por entre as pedras

e o campo é todo verde planície afora...

Renascem os sonhos ficados sem final.

Preces voltam a ser rezadas...

O poeta escreve versos azuis de amor...

lilu
Enviado por lilu em 24/09/2012
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