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MORENA OLHOS DE MEL

Violão empoeirado,
- corda quebrada... A sol.
Finas teias de aranha,
- o emolduram, falta o músico.
Solitário, em sua mocidade teve:
Amores, paixões ódios fulminantes.
Apesar do mau trato,
- parece conservado em formol.
Trastes perfeitos facilitam iniciantes,
- na arte musical.
Hoje teclados modernos,
Garotos exibem arranjos
- como se fossem de sua autoria.
É uma tremenda utopia.
Quase não há mais espaço pra instrumentista.
Aliás, o dono foi tocar lá em cima no céu.
Adorava tocar pra morena olhos de mel.

O tempo sempre a espreita,
- nada cobra, apenas espera.
Renasce com as crianças,
- interage com o espaço.
Quem me dera à fagulha da sabedoria,
Quem me dera.
Hoje a morena sorriu para o tempo,
Pegou a mão do seu caso,
Foi em busca do instrumentista solitário,
Que jamais esqueceu.
Deixou um filho, músico também,
- esse filho sou eu.

 

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BILLY BRASIL – 15-09-2011 – 15,06 HS - quinta-feira – PERUIBE-SP