LICOR DE ACEROLA

Bebo transparência,

licor de tolo,

acerola, como inocência,

mas cor de ouro.

Bebo a pureza,

sou criança e moço,

avesso da esperteza,

No copo, tens meu rosto.

Bebo os cristais,

o que quebrou foi embora,

mas a dor não quebra jamais

o que flui e doura.

Licor de acerola,

longe de ser dama, nao engana

é líquido, como sou agora

claro, e côr de chama.

Naldo Coutinho
Enviado por Naldo Coutinho em 23/02/2007
Reeditado em 24/02/2007
Código do texto: T390232