BALANÇA VICIADA

Na justiça confiar?

A ela se entregar

Se você não tem nada?

É erro caro amigo.

A balança da justiça,

É balança viciada.

Para o pobre enguiça,

Aí está nosso castigo!

A justiça é representada

Por balança equilibrada

Os pratos na mesma altura.

Porém na atual cultura,

Está sendo uma raridade

Vê-la na justa eqüidade.

Um roubo bem menor,

Pode levar pena maior

Se o réu incriminado

Não é político afamado.

Uma fortuna imensa

Sempre influi na sentença.

Na justiça confiar?

A ela se entregar,

Se você não tem nada?

É erro caro amigo.

A balança da justiça,

É balança viciada.

Para o pobre enguiça,

Aí está nosso castigo!

Meritíssimo Juiz

O senhor sempre diz

Ao réu que não é rei:

É a lei cumpra a lei!

Esse pobre coitado

É sempre condenado.

Ao que considera rei

A Justiça torce a lei

Balança tem mau cheiro.

Para esse réu inocentar

E da prisão o livrar

Basta o peso do dinheiro.

Na justiça confiar?

A ela se entregar,

Se você não tem nada?

É erro caro amigo.

A balança da justiça,

É balança viciada.

Para o pobre enguiça,

Aí está nosso castigo.

O pintor desempregado

Um pandeiro roubou.

Um juiz muito zelado

A quatro anos o condenou.

O político desviou milhões,

Nunca foi condenado,

Está livre como o vento.

Na política é portento,

Está brigando nas eleições

Por um novo mandato!

Na justiça confiar?

A ela se entregar

Se você não tem nada?

É erro caro amigo.

A balança da justiça

É balança viciada.

Para o pobre enguiça,

Aí está nosso castigo!

Victor Alexandre
Enviado por Victor Alexandre em 31/07/2005
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