Espelho da Alma
O que refletimos
Nas areias do tempo
Polidas e moldadas
Até o brilho nos enganar
Reflexos do que fomos
E do que podemos ser
Infinitos eu
Numa só imagem
Olhos cansados
Da mesma imagem
Apatia transparente
Conformismo
Ilusões passageiras
Esperanças vãs
Temores marcados
Marcas do destino
A criança que lá está
Olha com desdém
Imaginando a causa
De tamanha tristeza
Pedindo, implorando
Mudanças
Mas nada faço
Pois o reflexo tomou parte de mim
Eu me tornei o reflexo.
E o reflexo não tem vontade.