Espelho da Alma

O que refletimos

Nas areias do tempo

Polidas e moldadas

Até o brilho nos enganar

Reflexos do que fomos

E do que podemos ser

Infinitos eu

Numa só imagem

Olhos cansados

Da mesma imagem

Apatia transparente

Conformismo

Ilusões passageiras

Esperanças vãs

Temores marcados

Marcas do destino

A criança que lá está

Olha com desdém

Imaginando a causa

De tamanha tristeza

Pedindo, implorando

Mudanças

Mas nada faço

Pois o reflexo tomou parte de mim

Eu me tornei o reflexo.

E o reflexo não tem vontade.

Marcio Moe
Enviado por Marcio Moe em 02/10/2012
Reeditado em 25/06/2020
Código do texto: T3912291
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