Farrapo do mundo

Arruelas perdidas, vãs.

Sentimentos distorcidos, entorpecidos.

Pela flagelação suntuosa

Sutilmente escondida em valas

Enlamaçadas, desoxigenadas...

Desbravamento plantado pelo destino

Objetivos estilhaçados no traçar

Desgovernado de uma reta

Que se torna círculo

Linhas imaginárias.

Ah! Quanto tempo para descobrir-se o irreal

O nada que sobrepuja o tudo...

O negro que se veste de branco

Ludibriando até um anjo...

Promessas de barro...

Roupas acetinadas, emplumadas.

Para um espetáculo universal...

Quase real, dos dissabores.

De um palco mordaz...

Perdido, enfim... Migalhas em transe...

Dor voraz... Descrédulo de tudo...

Farrapo do mundo...