Conjunto vazio
 

 


E a natureza repete suas formas
no umbigo do mundo que é meu ego.
Se o céu simula meus olhos,
ele certamente se cansará de tudo.
Cerrará seu azul no negro da recusa
em ter de incorrer no erro da espera.

Parece que meu braço estendido
é uma  exclamação do arrependimento.
Por isso apago prédios, pessoas e dias,
para tudo dar no branco e sólido espaço.
Onde tudo pode ser finalmente revisto,
e a natureza ser reinventada.

Agora, nada mais de improviso.
No cinismo, eu me basto.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 16/10/2012
Reeditado em 16/10/2012
Código do texto: T3936578
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