Covarde

Covarde

Saio do teu sonho

Sorrateiro

Sem alarde

Sem ruído

Sussurro pela ultima vez

"Eu te amo"

no teu ouvido

Deixo a porta entreaberta

Deixo uma lâmpada acesa

Jornais antigos

Fotografias

Restos de sobremesa

Fragmentos de versos

Poesias

Espalhados pela casa

Largados na mesa

Saio do teu caminho

Abandono a tua vida

Vou sozinho

Levo pouco comigo

Saio feito uma sombra

Um bandido

Um invasor em fuga

No meio da madrugada

E pra onde eu for

Onde quer que seja

Levo quase tudo

De quase nada

O tanto que o meu peito deseja

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 18/10/2012
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